sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

" I want to recruit you!"

Eu poderia falar da minha maldita ida ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal, que é sempre traumática, do frio na barriga que me dá só de pensar naquele lugar, da maneira como tratam as pessoas que lá vão. poderia dizer do quão horrível e humilhada eu me senti hj, da vontade que eu tive de voltar pra casa. Também poderia contar da odisséia que começou às 8h da manhã e terminou às 15:30h, quando consegui chegar em casa. Do cansaço físico e psicológico. Do dia perdido, da roupa molhada. Da constante falta de alguma coisa em algum documento, de uma burocracia burra que não permite que qualquer lei seja interpretada, apenas seguida de maneira indiscrimida e arbitrária. Entretanto, não quero falar de pessoas medíocres ou de atitudes mesquinhas.
Fui ao cinema! Assisti Milk, o filme do Gus Van Sant com o Sean Penn sobre um político gay. A história das minorias terem voz, é possível. Minha opinião não diz muito e, mesmo que a minha atenção tenha dispersado em alguns momentos, gostei muito do filme. Desde de I am Sam, de Jessie Nelson, não via uma atuação tão boa de Sean Penn.

sábado, 24 de janeiro de 2009

diálogo

- o q foi?
- aconteceu alguma coisa?
- posso te ajudar?
- não?
- por quê?
- tem certeza?
- tudo bem, então....
- se precisar avisa.
- um beijo

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Naturalismo!

Para Camilão, de Alberto Caeiro:

"Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz,
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...

Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...

O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja..."

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Língua brasileira

Reclamar de falta de tempo já virou uma constante. por isso, vou mudar o disco. o problema é que o lado B continua em ritmo acelerado!
pô, vocês viram que o "website counter" parou?!! estava super feliz com os quase 1000 acessos, e quando atinge o número esperado, ele simplesmente parou! vou tentar resolver isso, mas não agora!
ah, mudei de estágio!! alguém lembra daquelas brincadeiras em q a pessoa escolhia coisas sem ouvir as perguntas? por exemplo, " você troca um emprego em que ganha 600 euros por mês por outro q paga 100??? SSIIIMMMM!" foi basicamente isso q eu fiz, mas com a diferença de que estava "a ouvir". Não estranhem, é q estou a habituar-me a escrever português, já que até pouco tempo eu escrevia em brasileiro!!!! não preciso nem dizer que isso irrita-me profundamente!
até breve!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

"Quero...

Um colo ou um berço ou um braço quente em torno ao meu pescoço... Uma voz que canta baixo e parece querer fazer-me chorar... O ruído de um lume na lareira... Um calor no inverno... Um extravio morno da minha consciência... E depois sem som, um sonho calmo num espaço enorme, como a lua rodando entre estrelas. "

do Livro do Desassossego, Bernardo Soares.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Memórias de um manjerico

Feliz Ano Novo!! Mas feliz por que? Ao contrário do que alguns pensam, essas memórias não são póstumas!
Pelo princípio. O majerico é um primo do manjerião, esse todos devem conhecer, pelo menos de nome. É uma planta típica da festa de Santo António, que acontece em junho aqui em Lisboa, o padroeiro da cidade! Diz a lenda, que o majerico tem que ser ganhado de alguém e seguindo a outra lenda do santo casamenteiro, o fulano deve estar interessado. É mais ou menos assim a tradição. Entretanto, logo que começaram a ser vendidos e apoiada pela minha ansiedade habitual, comprei o meu majerico! Ele era lindo, crescia a cada dia! Há quem tenha cachorro ou gato, eu tenho (quero acreditar que ainda tenho), o meu majerico. Foram tantas a ameaças de fazer com ele molhos e cozidos, sequestros com pedidos de resgate exorbitantes!! Enfim, foi um verão alegre e festivo! A tristeza é que o inverno chegou e com ele o verde tornou-se marrom e seco... Ele resistiu, houve quem duvidasse que em pleno novembro ele ainda tivesse as folhas verdes, mas o frio foi mais cruel. Ainda acredito que quando o verão voltar ele vai reagir. Bem, meu ano começou assim, com o coração apertado por um manjerico, companheiro e amigo que parece estar hibernando em algum lugar qualquer. Queria poder acordá-lo.