segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Sagrada Família


Seguindo o clima fraterno e familiar que gere as festas de final de ano e atendendo a um pedido especial, vos apresento a responsável!

Um beijo mamãe

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

o tal espírito natalino ou natalício!?!


Gostei do Natal deste ano. foi divertido! Foi um Natal em família, mas o melhor, como se nao fosse Natal! Esse ano passei ao lado do tal espírito natalino ou como dizem os portugueses, natalício. Claro, comprei presentes, mas dessa vez nao me preocupei muito com isso. Acho que esse ano o meu tempo, aquele que foge com tudo, também passou correndo com o Natal, nem vi q era ele! Mas enfim, estar com pessoas gentis e atenciosas ao redor de uma mesa repleta de boa comida, era o melhor Natal que eu poderia querer! Sem falar nas pequenas diferenças que sempre interessam.

Dia 24, na Cataluña, ainda nao é Natal. Celebra-se apenas La noche buena, que passa pelo mesmo princípio de pessoas reunidas e comendo! dia 25 sim, é Natal!! mas sem Papai Noel ou Pai Natal, quem traz os presentes aqui sao os Reis Magos (que sempre pensei que fossem Magros!). Ah, e é no dia deles que a festa maior acontece! Bom, neste dia já nao estarei aqui...Também há uma história de que as crianças sentam num tronco de árvore oco, e vao ganhando presentes, uma a um, e para saberem que acabou, os pais entregam um copo dágua! A tradiçao é basicamente essa com mais alguns detalhes que me escaparam!

Bom, como podem ver a minha irritaçao do post anterior já melhorou. Mas nao é obra de nenhum espírito, mas de uma experiência diferente.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Eu nao sou daqui!

Eu tento seguir uma vida pacata e tranquila, sem confusoes, mas as vezes nao consigo! Viajei ontem para a Espanha para passar o Natal com a família (menos com a Manina que nao veio)! Já fiz o trajeto Lisboa-Barcelona algumas vezes, com o pretexto de visitar o irmao, e nunca tive nenhum problema, até ontem!
Como de costume, entreguei meu passaporte na hora do cheking para que confirmassem que eu era mesmo eu. A senhorita da companhia folheou meu passaporte umas três vezes até q ela me perguntou se eu tinha a minha passagem de volta? Achei estranho, mas tudo bem, mostrei. A senhora volta no dia 27?, me perguntou, e eu respondi que sim!! nao era o que estava escrito na passagem? por que eu compraria uma passagem pra um dia se eu fosse voltar noutro? É que a senhora nao faz parte da Comunidade Europeia, por isso eu preciso verificar, me disse ela, com um ar que misturava satisfaçao e arrogância! Ora, é algum pecado mortal nao pertencer à Uniao Européia? E o resto do mundo faz o q? se mata por causa disso??!!! Perguntei se ela queria ver meu cartao de residente, documento que serve como identificaçao e certificaçao de que tenho autorizaçao para estar em território europeu, sim, ela quis. Saiu ai meu deus... enquanto eu o procurava na bolsa e ela me respondeu, Nao é "ai meu Deus", a senhora nao é europeia! Entreguei. Ela olhou de um lado, olhou do outro e antes de finalmente me dar o cartao de embarque, me fez mais umas quantas recomedaçoes de que eu deveria mostrar todos os meus documentos, já que nao pertenço a esse lado do oceano! Eu quero nao pensar que essas coisas acontecem por eu ser brasileira e latinoamericana, mas realmente a má vontade que eu tenho que aguentar quando notam o meu "sotaque" brasileiro é irritante!!
Bom, a parte disso, desejo a todos um Feliz Natal e fica a minha esperança de um 2009 menos preconceituoso e mais igualitário!

ps: a falta de acentos é culpa do teclado español!!

sábado, 20 de dezembro de 2008

espelho


Ana Maria, esse é um dos poemas q mais gosto da Cecília. Espero que tu também goste!


Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?

Cecília Meireles

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

do latim burrus...

Odeio burocracia. É muito chato ter q lidar com mil papéis e leis e regras q ficam muito pior nas mãos de alguém que não está muito disposto a facilitar. Essa é outra coisa que odeio, pessoas que utilizam-se de um pretenso poder para julgarem-se mais importantes que os demais! Enfim, o fato é, vida de imigrante é repleta de burocracias! A cada renovação de visto é um documento a mais e pra se conseguir esse tal documento é sempre uma dor de cabeça! E o tal consulado q deveria ajudar, nem sempre é como precisamos.
Meu novo problema é: preciso de um novo passaporte, a dificuldade é: não votei nas últimas eleições, claro eu estava em Lisboa! Dificuldade 2, eu tinha 60 dias pra justificar, mas claro q não lembrei disso, já que eu sabia que posso fazer isso quando voltar para o Brasil. Agora, não posso renovar o passaporte sem a quitação eleitoral e não posso mais justificar pq o perdi o prazo! Acho q vou ter q ficar morando aqui pra sempre, pq sem passaporte não volto pra casa e o TSE não prevê q alguém possa precisar fazer a droga da justificativa depois dos tais 60 dias! Lógica difícil essa, não?! Então pra quem está no Brasil e sente saudades, eu sinto em informar que estou fadada a passar o resto dos meus dias em solo lusitano!
O mais divertido vai ser se complicarem pra renovar meu visto, como aconteceu no ano passado, daí eu vou ser uma ilegal em terra estrangeira e sem poder voltar pro país de origem! Bom, eu posso ser deportada, é verdade! Essa é a minha chance! Ai….vida de imigrante cansa, e olha que eu só vim fazer um mestrado, imagina a vida da galera que vem pra ficar, pra trabalhar, sem “documentos”, sem saber, sem conhecer. Deve ser bem pior!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

o tempo fugiu!


É estranho quando o tempo começa a passar tão rápido e perdemos a noção dele. Ele se esvai, some, desaparece. O amanhã já virou hoje, o q programamos pra próxima semana passa sem nos apercebermos e assim vão-se os meses e o ano acaba. Por que a pressa? O ritmo poderia ser mais lento, para que pudessemos ponderar alguns pontos antes de tomar certas atitudes ou decidir se um dia de leitura não é muitas vezes mais produtivo do que um dia de trabalho forçado. Mas o tempo e a urgência de tudo nos assolam, como um castelo de cartas que não podemos impedir que caia ou a areia que escorre por entre os dedos e não adianta tentar conter. Bem, hoje eu quero brincar de parar o tempo. Pelo menos por alguns instantes, fazer de conta que posso dominá-lo. Vou decidir o que quero fazer dele e me demorar o quanto quiser. Não quero pensar no q tenho pra fazer depois e depois e depois e q as 24 horas do dia são poucas para todos os compromissos assumidos. O tempo foge e leva a nossa vida com ele.

O tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Mário Quintana

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Constipação

Estou constipada desde a última semana. E tenho estado ocupada com a dissertação. Não que eu tenha feito grandes progressos, mas o importante é não párar! Amanhã vou receber visitas ilustres. Logo volto pra contar.
Ah, pra quem quiser me dar uma prenda de Natal, tenho q devolver o Madame Bovary pra biblioteca!!

Tenho uma grande constipação,
E toda a gente sabe como as grandes constipações
Alteral todo o sistema nervoso,
Zangam-nos contra a vida,
E fazem espirrar até à metafísica.
Tenho o dia perdido cheio de me assoar.
Dói-me a cabeça indistintamente.
Triste condição para um poeta menor.
Hoje sou verdadeiramente um poeta menor.
O que fui outrora foi um desejo; partiu-se.
(...)
Álvaro de Campos

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

merci, mon ami



Seguindo a máxima, escrever para exercitar, começo mais um escrito de juliana. Sobre o que será hj? Nunca sei… amizades é um bom tema! É curioso como amizades de constroem e se desfazem pelos motivos mais absurdos! Ou então como é bom passar anos sem ver o melhor amigo do colégio e quando o encontramos, é como se o tempo não tivesse passado! E como também é importante ver quando a diferença agrega e quando ela efetivamente afasta. Isso acontece todos os dias e em todos os lugares, pessoas se encontram e se separam e muitas vezes sem motivo nenhum, simplesmente se perdem. Há algumas que fogem, nesse caso deve haver algum motivo. Não acredito que precise estar grudada nos meus amigos o tempo todo pra eles saberem que gosto deles, mas é bom dar notícias as vezes! Sei que demoro a mandar cartões postais, mas não é por falta de lembrança. Também sempre tento ajudar, mas sou péssima conselheira. Sou boa ouvinte, minha melhor característica de amiga! Se precisarem se lamentar, meu ouvido está sempre disponível. Pra caminhar na chuva, sair numa segunda-feira e ter q acordar às 6h na terça, passar a noite conversando com um chato só porque ele é amigo do cara da amiga, fazer compras no final do mês, caminhar quilômetros porque o amigo quer conhecer um caminho diferente, ir a uma festa que toca música eletrônica, organizar despedida de solteiro, comer negrinho de colher no sofá e todas as "indiadas" que sempre me meto por causa de um amigo, sim, podem me chamar! Só não gosto que abusem da minha paciência e da minha boa vontade, isso é imperdoável. Defeitos? Devo ter uma meia-dúzia, não mais do que isso. Quais? Não durmo com barulho, gosto de tomar leite na minha caneca – sem açúcar-, demoro no banho, não passo roupas, nada que interfira muito nas minhas relações. Talvez o banho! Enfim, as pessoas passam pelas vidas umas das outras e nem sempre elas ficam, fisicamente. Fiz uma amiga, japonesa. Ela mora do outro lado do mundo. Convivemos pouco, e mesmo assim a despedida foi triste. Espero voltar a vê-la. Tenho amigos da época da escola com quem sempre estou em contato, mas não os vejo há algum tempo. Eu e a Fernanda trocávamos cartas num passado não muito distante. Os amigos da faculdade e do estágio. A Rachel foi a única que recebeu postal até agora!! Amizades feitas no aeroporto, que duram até a partida. Amigos feitos em Portugal, os melhores que eu poderia ter encontrado! Meu beijo para todos.


ps: essa foto foi tirada em setembro, na cozinha do meu apto. não pude imaginar imagem melhor!