domingo, 9 de maio de 2010

Whatever works

Nunca fui fã de Woody Allen. Mas ele sabe ser genial na construção de personagens excêntricos, curiosos e mau humorados (mas que de preferência, não seja ele a interpretar!) Assim acontece em Tudo pode dar certo (2009), a volta do diretor ao cenário novaiorquino depois de alguns anos filmando na Europa. O filme fala de Boris Yellnikoff (interpretado brilhantemente por Larry David), que combina inteligência, ironia e sarcasmo num personagem hilário ao melhor estilo do cineasta americano. Depois de uma tentativa frustrada de suicídio, ele larga esposa e uma vida confortável pra viver no centro de New York e passa a dar aulas de xadrez para crianças. Por conta do destino, acaso, ou qualquer coisa que o valha, Allen cria um casal improvável: um físico já na terceira idade, que se julga gênio, cheio de manias, antigo professor universitário e uma jovem (interpretada pela bela Evan Rachel Wood), sulista e encantadoramente ignorante. O que mais poderá dar certo?

Falando em não ser fã de Allen, gostei muito de Mach Point (2005), filmado na Inglaterra e que não tem nada a ver com seus filmes anteriores ( quer dizer, em comum a boa direção). O clássico da literatura Crime e Castigo, de Dostoiévsky, foi muito bem transposto para a sociedade atual londrina. Dos clássicos de Woody Allen, Um misterioso assassinato em Manhattan (1993) me agrada muito. A neurose do casal é contagiante, nunca consigo trocar de canal. Melinda e Melinda (2004), o último antes do início da “era européia” de Allen, discute a comédia e tragédia. Não me despertou muito interesse. Scoop (2006), também filmado em Londres, traz Allen no papel de um mágico atrapalhado. Não achei piada. E teve Vicky Cristina Barcelona (2008), filmado na capital catalã, foi uma bela tentativa de fazer um filme a la Almodóvar. Agora é esperar pra ver Carla Bruni dirigida por Allen.

Ps: vcs sabiam que cantar parabéns enquanto lava as mãos ajuda a matar os germes?!

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